De repente, uma rivalidade jamais imaginada: grupos pró e contra bicicletas. Separando os dois, a ciclovia.
Há uma escola de pensamento antiga que, habituada a ver a bicicleta como lazer, tem dificuldade de entende-la no dia-a-dia. O argumento é a vulnerabilidade do indivíduo embasada nos exemplos emblemáticos de acidentes e mortes envolvendo ciclistas.
Esse grupo considera louca a aventura de pedalar no trânsito.
Do outro lado, estão os defensores extremistas das bikes. Eles acreditam que os ciclistas devem conquistar espaço nas ruas. Alguns deslocam-se pelas vias da cidade em descaso com segurança e com as normas do código de trânsito levando a bandeira do transporte alternativo sustentável.
A bicicleta é um eficiente modal para distâncias de até 5km. São percursos longos para uma caminhada, pouco práticos para serem feitos de ônibus e caros para o táxi.
O traçado lógico para o ciclista sob o ponto de vista origem-destino pode passar por uma via movimentada. Por isso, são construídas ciclovias ou ciclofaixas.
Elas tem o objetivo de proteger o indivíduo demarcando o espaço público. Os projetos de mobilidade urbana numa cidade inteligente favorecem os transportes alternativos, a prática da intermodalidade e o respeito aos cidadãos.
Esta fase de estímulos à bicicleta é uma oportunidade de educar o ciclista e exigir o cumprimento do código de trânsito. Não se aprendem as regras de convivência e segurança durante a infância ou adolescência.
É hora de investir em infraestrutura e em campanhas de conscientização. No momento em que a pessoa opta por se deslocar sobre duas rodas, ela desenvolve hábitos. Portanto, deve ter muita informação para que o transporte individual alternativo possa conviver harmoniosamente com o individual motorizado e com os coletivos.
Juliana Verboonen e Peter Cabral